O idoso em estado de plena consciência pode decidir como pretende viver, sendo acompanhado ou não. Em resumo, é preciso considerar os casos em que o raciocínio e o poder de decisão esteja afetado a uma doença ou à idade.
Lais Cestari, responsável pelo residencial, mostra os casos mais comuns, que acendem o alerta na família de que algo não vai bem e que talvez o idoso não deva morar sozinho.
1 – Acidentes recentes ou quase-acidentes:
Com o envelhecimento, aumentam as chances de quedas e é fundamental dar atenção a isso mesmo que o idoso diga “que não foi nada”. Por exemplo, existe um preconceito social com o uso de bengalas (muitos idosos pensam isso), mas a verdade é que o artefato serve de um ponto de apoio capaz de ajudar a evitar quedas, assim como a cadeira de banho.
2 – Recuperação lenta:
Mesmo em doenças corriqueiras, como uma dor de cabeça, é importante buscar ajuda e tratamento. Se faltou essa iniciativa, é importante avaliar o porquê. Dificuldades e limitações podem mudar os hábitos do idoso e, muitas vezes, ele precisa de companhia para manter sua rotina de cuidados com a saúde e alimentação.
3 – Dificuldade em gerenciar as atividades cotidianas:
Observar as habilidades necessárias para viver de maneira independente, como vestir-se, cozinhar, cuidar das medicações. Se o idoso passa a agir e se apresentar de forma diferente do que era habitual, vale ficar em alerta.
4 – Dificuldade no autocuidado:
Higiene precária, alimentação inadequada (insuficiente ou exarcebada), comportamento desajustado (isolamento, apatia, extroversão demasiada), dificuldade com as finanças, descontrole no acompanhamento de sua saúde são sinais que podem apontar algum problema.
5 – Coisas quebradas e queimadas:
As demências provocam o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa, trazendo perda de memória recente. Portanto, observe se as bocas do fogão estão escuras ou se os fundos das panelas estão queimados; também confira se há rastros de desleixo na manutenção da casa. Tais sinais podem indicar esquecimento e falta de atenção, por isso devem ser investigados.
6 – Descontrole financeiro:
Contas vencidas, saldo negativo no banco, pedido de empréstimos consignado sem necessidade são situações que podem dar indícios de alguma confusão mental. Há casos em que o idoso também pode estar passando por necessidade e, por vergonha, não avisa a família. Por isso, monitoramento é essencial, mas com atenção para não causar constrangimentos. Tome cuidado para não abordar o tema apenas criticando, sem valorizar a sua potencialidade; apontar apenas os defícits podem causar um sofrimento emocional constrangedor.
E quais são as alternativas para os idosos que não podem morar sozinhos:
As principais incluem dispor de cuidados de idosos particulares, sejam familiares ou profissionais contratados, ou mesmo se mudar para um ILPI (instituição de longa permanência para idosos), também conhecida como Lar de Idosos ou Residenciais Seniores.